A DISPOSIÇÃO DOS ELEMENTI NA SCIENZA NUOVA DE VICO: UMA ANÁLISE DA
FIGURA DO FRONTISPÍCIO
FIGURA DO FRONTISPÍCIO
Joelma Nunes Mendes - UECE / UFC
Em seu escrito Principi di Scienza Nuova, de 1744, Vico se utiliza de certa estratégia. Trata-se de uma pintura alegórica relativa às coisas civis, a fim de que o leitor pudesse conceber a idéia da obra antes mesmo de sua leitura. A pintura, por meio da consideração dos significados específicos de cada símbolo, mas também daqueles sugeridos pela relação entre eles, tem a função de antecipar, remetendo à fantasia, o conteúdo da obra como ciência do mundo civil. O napolitano propõe articular então a Filologia e a Filosofia, em razão da unilateralidade concernente a ambas: da Filosofia que se reporta apenas ao racional e verdadeiro; da Filologia que se ocupa apenas da “autoridade do arbítrio humano” (autoritá dell arbítrio umano), de onde resulta a “consciência do certo” (conscienza del certo). Vico busca, com sua Scienza Nuova, compreender as origens do mundo civil das nações. Para tanto, ele concebe uma nova idéia de saber capaz de ultrapassar as unilateralidades, quer da Filosofia, quer da Filologia. É preciso repensar o procedimento metodológico tanto dos filósofos, quanto dos filólogos para se compreender a natureza da criação humana. Daí o presente trabalho expor prévias de interpretação da figura proposta no Frontispício para a compreensão dos argumentos específicos da
ciência crítica viquiana.
ciência crítica viquiana.
Palavras-chave: Filologia. Filosofia. Mundo civil. Pintura. Fantasia.