LÍNGUA ORAL VERSUS LÍNGUA ESCRITA

Maria Idalina Mesquita de Morais UERN

Este trabalho tem por objetivo analisar o filme “Narradores de Javé” para verificar os processos de retextualização e a pertinente importância que se dá ao texto escrito enquanto registro de acontecimentos históricos. Será estudado também, o destaque social dispensado àquele que desenvolve a competência de, habilmente, transcrever ou transcodificar um texto, levando em consideração as dificuldades para tal realização, pois além de se tratar de diferentes modalidades lingüísticas, quem se submete a esse trabalho deve estar consciente de que ele, primeiramente, precisa compreender o texto a ser transcrito, para não incorrer em uma leitura errônea e distanciada da idéia primeira. As falas da personagem Antônio de Biá serão analisadas com ênfase, pois sua voz é preponderante, apesar de existirem outras. O que coloca a fala dessa personagem em destaque e a projeta para uma dimensão intelectual distinta e superior aos demais é o fato de ela saber ler e escrever em uma comunidade sem nenhum grau de escolaridade. Em se tratando de um filme, primeiramente serão apresentados alguns conceitos indispensáveis para esta análise, como: dialogismo, polifonia, sujeito, heterogeneidade. Em seguida será evidenciada a importância de se saber diferenciar a linguagem oral da linguagem escrita. Nesse contexto, delimitar-se-ão como objetivos específicos conceituar a transcrição e a retextualização de um texto, descrever a dificuldade de representar com fidelidade, na escrita, um texto oral e a importância que, socialmente, é atribuída ao texto escrito.

Palavras-chave:
Transcrição. Retextualização. Língua oral. Língua escrita. Sujeito.