O CONTINUUM ICONICIDADE-CONVENCIONALIDADE EM LIBRAS, JAPONÊS E PORTUGUÊS DO BRASIL SOB O PONTO DE VISTA DA COGNIÇÃO SOCIAL
Vicente Santos Mendes - UERN
O caráter simbólico das línguas naturais é conhecido desde o surgimento da lingüística enquanto ciência da linguagem. A língua para Saussure é um sistema de signos, pareando significante e significado. Já no Crátilo, Platão questionava se a relação entre os nomes e o mundo era convencional/arbitrária ou motivada/icônica. Hoje vivemos sob o primado da enunciação, em que se concebe o léxico enquanto construção compartilhada de sentido em interações pessoais cotidianas instauradas por práticas textuais/discursivas. Segundo essa perspectiva, pode-se defender que todas as línguas naturais possuem um grau maior ou menor de relação mais natural entre o rótulo que se usa para nomear cada ser no mundo e essas peças do mobiliário mundano para que os rótulos apontam. Apresentamos aqui considerações preliminares de um projeto de pesquisa em andamento que tem como um de seus objetivos verificar a hipótese de que línguas de sinais e línguas ideogramáticas penderiam mais para o pólo icônico que línguas grafadas em alfabeto romanizado.