A REPRESENTAÇÃO SOCIAL URBANA EM ANGÚSTIA, DE GRACILIANO RAMOS
 
Jairo José Campos da Costa - UNEAL

O presente texto traz os resultados parciais da pesquisa Narrativas alagoanas em foco: oficinas de leitura/análise literária das obras O Anjo, de Jorge de Lima, Angústia, de Graciliano Ramos, Ninho de Cobras, de Lêdo Ivo, Dunas, de Breno Accioly e Lãs ao Vento de Arriete Vilela, sob o olhar dos estudos de Literatura e Sociedade. Neste sentido, objetiva, especificamente, além do passeio pela fábula e algumas considerações sobre o narrador, apresentar um olhar, panorâmico por sinal, sobre alguns problemas sociais citadinos oriundos das contradições sócio-econômicas trazidas pelo capitalismo selvagem, há muito impregnado na sociedade brasileira que tem caracterizado a dicotomia burguesia X proletariado, além de todos os desdobramentos nocivos que determinam as relações construídas dentro deste modelo complexo, em que impera a desigualdade social, a injustiça, a violência e a imoralidade, sendo todas essas questões reduzidas estruturalmente em cenário alagoano, servindo de pano de fundo para a construção do tecido narrativo do romance Angústia, do escritor também alagoano Graciliano Ramos, segundo romance lido, em forma de oficinas coletivas de leitura literária, de uma série de cinco outras narrativas. Para a construção do mesmo, buscamos, basicamente, alguns conceitos teóricos propostos por Antonio Candido.