UM MAPEAMENTO DOS CONECTORES ADVERSATIVOS NA FALA DO NATALENSE

Maria José de Oliveira - UFRN
Gisonaldo Arcanjo de Sousa - UFRN

O trabalho em foco objetiva mapear os conectores adversativos mais recorrentes na fala do natalense. A análise é calcada no paradigma funcionalista, especificamente no funcionalismo norte-americano de Givón. Para tanto, analisamos recortes dos gêneros relatos de opinião e narrativas de experiência pessoal em ocorrências da língua oral, no momento interativo da língua do interlocutor natalense, as quais constam em ocorrências do corpus discurso e gramática - língua falada e escrita da cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998). Averiguados os dados, foram os mesmos selecionados, analisados e quantificados. Como resultados, percebemos que participam de forma mais freqüente da conexão entre cláusulas que se opõem no fluxo discursivo em condições semântico-pragmáticas os conectores mas, e, aí, agora e só que. É curioso observar que a maioria deles são categorizados pela gramática tradicional como representantes de outras categorias gramaticais diferentes da dos conectores adversativos. Outro fato observável é que muitos dos conectores que a gramática categoriza como representantes da adversidade, sequer constam na fala do interlocutor em pauta. Dessa forma, observando fatores ligados ao uso e à multifuncionalidade dos itens, dentro de uma perspectiva dos efeitos comunicativos e cognitivos da produção do sentido, fundamentamos nossas conclusões.